Mazagão
Já foi citado que a população de Mazagão é originária do norte da África (Marrocos), que foi colonizada pelos portugueses que pensavam em expandir seus domínios a partir da construção de fortes e castelos. No entanto, as questões religiosas entre muçulmanos, mouros e cristãos portugueses, desaguaram numa sangrenta guerra santa, cujos custos oneraram em muito a Coroa portuguesa.
São travadas lutas acirradas entre mouros e cristãos e, nas breves tréguas, os mais antigos contam que surgia a imagem de um cavaleiro branco, identificado como São Tiago, que passou a ajudar os lusos a vencerem as grandes batalhas.
Os primeiros habitantes de Mazagão, no Amapá, foram 114 brancos e 103 escravos, que se transformaram nos primeiros agricultores desta região que faz parte do Estado. A primeira capital brasileira a hospedar os bravos mazaganenses africanos foi Belém.
Eles permaneceram até junho de 1771, enquanto eram construídas moradias para receber esta população recém-chegada.
Por causa da decadência de Mazagão amazônica, visto as circunstâncias da situação sócio-econômica e política, por volta de 1915 o governador do Pará resolve incorporar esta vila ao município de Macapá. Este fato deixou seus moradores muito insatisfeitos, pois queriam continuar com sua autonomia político-administrativa. Surgiu assim um novo local para instalação da sede de seu município. A área escolhida para servir Mazagão Novo, fica situada a 30 quilômetros de Mazagão Velho e mais próximo à cidade de Macapá, em frente ao Furo do Beija-Flor, entre o rio Vila Nova e o braço esquerdo do Amazonas.
Através da Lei Estadual paraense nº 46, ficou decretada a transferência da sede, de Mazagão Velho para Mazagão Novo, oficialmente instalada no dia 15 de novembro de 1915.
Todos os anos, no mês de julho, é realizada a Festa de São Tiago, tendo seu ápice nos dias 24 e 25, com o “Baile de Máscaras” e a dramatização da “cavalhada”, com uma reprodução das lutas travadas entre mouros e cristãos, ambos grupos trajados a rigor.
Conhecer Mazagão é dar um passeio no tempo e na história. No município ocorre também a já tradicional Festa da Mandioca, realizada na segunda quinzena de julho.
Em sua área estão localizadas duas importantes Unidades de Conservação do Estado, que são as "Reserva Extrativista do Rio Cajarí” e a do “Reserva Extrativista do Rio Iratapurú”, que atendem a um novo modelo de desenvolvimento econômico, cuja principal atividade econômica é o extrativismo da "Castanha-do-pará”.
Dados do município |
Características |
Nome oficial |
Município de Mazagão |
Lei de criação |
Nº 226, de 28 de novembro de 1890 |
Limites |
Norte: Amapari, Porto Grande e Santana |
Área |
13.131 km2 |
População (IBGE 2007) |
13.862 habitantes (recenseada e estimada) |
Comunidades principais |
Mazagão (sede), Carvão e Mazagão Velho |
Distância da Capital | 36 km |
Produção | Agricultura de subsistência |
Transporte | Rodoviário, fluvial e aéreo |
Clima | Quente úmido |
Temperatura | Média mínima 23°C e máxima 33°C |
Grupos Indígenas | Nenhum |
Atração turística | Lagoas, rios. Festa de São Tiago e Festa da Mandioca no mês de julho |